sábado, 7 de março de 2009

Os três porquinhos e a Cinderela

Era uma vez a casinha dos três porquinhos: o porquinho-pai, o porquinho-bébé e o porquinho-gato.

O porquinho-pai, empenhado em dar o exemplo aos outros dois, gostava de guardar a roupa suja junto com a roupa limpa, de chegar a casa e atirar os sapatos para o chão, de deixar as meias sujas em cima da mesa de jantar, e as fraldas do porquinho-bébé em cima da cama, fraldas essas, que Cinderela arrumava de manhã, com um sorriso nos lábios, e sem nada dizer.

O porquinho-bébé, inspirado no exemplo grandioso do porquinho-pai divertia-se a vomitar jactos de leite para sítios estratégicamente escolhidos por serem de difícil acesso e ficarem com um cheiro nauseabundo. Entretinha-se também a mastigar e a deixar depois pequenos pedaços de pão espalhados pela modesta casinha Gondomarense ao melhor estilo Hansel e Gretel.

O porquinho-gato, por sua vez, adorava espalhar o conteúdo da areia higiénica à sua volta, assim como deixar tufos de pêlo pelos cantos a simular o efeito do pó. Adorava também passear os seus dois três quilos de pêlo e patas por cima dos pratos enquanto os outros comiam e tinha o estranho hábito de vomitar em cima de tapetes e sofás.

Um dia, Cinderela, cansada de sonhar com uma casinha limpinha, onde pudesse entrar sem tropeçar nos sapatos do porquinho-pai, nas fraldas sujas do porquinho-bébé, ou nos tufos de pelo do porquinho-gato, soprou com tal força que os sapatos, as meias, os tufos de pêlo, a casa e os três porquinhos foram pelos ares. Não sobrou nada.

Até hoje ninguém sabe o que foi feito dos três porquinhos.

PS- Só para que conste: a continuar assim, a próxima história será " O Pesadelo em Elm Street".

Sem comentários: