sexta-feira, 24 de abril de 2009

Morte

Enquanto escolhia o fato na loja, o meu amigo L. nunca imaginou que aquele fato era o mesmo que ia vestir, meses depois, ao pai morto.
E foi só disso que ele falou toda a noite, sentado ao lado do pai, que mal se via debaixo daqueles rendilhados todos que é costume colocarem aos que morrem.
Do fato que teve que vestir ao pai morto.
Como se tudo na morte do pai se resumisse a isso.
Não posso imaginar dor igual.

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