sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O amor é um lugar estranho

Semana passada, na Prova Oral do Fernando Alvim discutia-se a questão do amor. Do amor romântico. E eu ando a pensar nisso desde essa altura. Não sei se acredito no amor. Nesse tipo de amor, pelo menos. O amor tenho-que-sentir-e-fazer-isto-porque-é-assim-que-se-faz-quando-se-sente-amor. O amor "faço tudo por ti, porque é assim que faz quem ama, ( mesmo que amanhã deixe de sentir isso e te mande um pontapé bem dado no traseiro). O amor "queremos tanto acreditar que somos felizes que até enjoa". O amor que é constantemente apregoado e vendido a preços de saldo. O amor dos filmes e das novelas. Não, definitivamente não acredito. O amor romantico é uma ficção. Uma construção social. Uma droga dura que nos engana a todos. Não existe.

Existe a paixão, esse estado ora eufórico ora letárgico em que mergulhamos quando queremos sugar a outra pessoa até ao tutano. Comê-la em colherinhas pequeninas. Fecha-la bem num frasco para não fugir, como diz a música. Tudo o resto não existe da forma como insistimos em vendê-lo. É uma miragem. Apenas uma miragem.

2 comentários:

Rolando Palma disse...

Posso discordar ?

Não por teimosia, nem por querer pegar num tema fácil para discordar.
Sómente por discordar ?

O amor romântico existe.
O amor possessivo existe.
O amor utopico existe.
O amor-que-não-é-amor existe.

Pena que não se possa provar.
Porque o que para mim é azul,
para ti pode ser roxo, ou alecrim.

E é isso que é delicioso.
Que o que seja delicioso para mim, possa não o ser para mais ninguém.
Ou então, para só mais um alguém...

Não é ?

Maria Poppins disse...

Percebo o que queres dizer. A sério que percebo. E de facto é fantástico quando existe esse "só mais um alguém" de que falas. As minhas dúvidas prendem-se mais com as diferenças entre esse amor e o amor que temos por um amigo, ou por um filho. Quando passa a paixão, fica só isso. Amor. Não o amor romântico, mas só isso. Amor.